Tesouro viking de Harald Bluetooth: Rainha Margrethe visita escavação
- Livros Vikings

- 3 de set.
- 6 min de leitura
Uma nova escavação viking ligada a Harald Bluetooth atrai a realeza dinamarquesa, revelando tesouros e segredos da nobreza viking

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A Era Viking continua a exercer um fascínio profundo sobre o mundo moderno, não apenas por suas sagas de exploração e conquista, mas também pelos segredos que ainda jazem sob o solo escandinavo.
Cada nova descoberta arqueológica é como uma janela aberta para um tempo de reis poderosos, rituais complexos e uma sociedade vibrante.
Recentemente, essa janela se abriu de forma espetacular ao norte de Aarhus, na Dinamarca, onde arqueólogos do renomado Museu Moesgaard estão desenterrando um sítio que promete reescrever partes da história local.
A importância desta escavação foi tão monumental que atraiu uma visitante ilustre: a Rainha Margrethe da Dinamarca, de 85 anos.
A visita de Sua Majestade não foi um mero ato protocolar. Margrethe, uma entusiasta da história e patrona do Museu Moesgaard desde 2005, viajou até o local para observar pessoalmente o progresso de um trabalho que pode ter conexões diretas com um de seus mais famosos ancestrais, o Rei Harald "Dente-Azul" Gormsson.
A presença da rainha no sítio de escavação cria uma ponte simbólica fascinante entre a realeza dinamarquesa do presente e os poderosos líderes da Era Viking que forjaram a nação há mais de mil anos.
Este encontro entre o passado e o presente ressalta a relevância contínua do legado viking para a identidade cultural da Dinamarca.

Os detalhes da descoberta e o magnífico Tesouro Viking de Lisbjerg
Tudo começou de forma inesperada, como muitas das grandes descobertas arqueológicas. Operários que trabalhavam em um canteiro de obras perto de Lisbjerg, a poucos quilômetros do novo sítio, tropeçaram em algo extraordinário: um tesouro que parecia saído de uma lenda.
O achado inicial continha uma coleção deslumbrante de pérolas, moedas, peças de cerâmica e, mais notavelmente, uma caixa que continha delicados fios de ouro. Este vislumbre inicial do passado viking levou a uma investigação mais aprofundada por parte dos especialistas do Museu Moesgaard.
A escavação subsequente revelou um complexo funerário muito maior e mais significativo do que se imaginava. Cerca de 30 sepulturas foram identificadas, todas datadas da segunda metade do século X.
Este período é crucial na história dinamarquesa, pois coincide com o reinado de Harald Bluetooth, o rei creditado por unificar a Dinamarca e introduzir o cristianismo. A riqueza dos artefatos encontrados sugere que este não era um cemitério comum, but o local de descanso final de indivíduos de alto status.
Durante sua visita, a rainha Margrethe pôde ver de perto alguns dos resultados preliminares. As fotografias divulgadas pelo palácio real dinamarquês mostram a monarca visivelmente maravilhada enquanto os arqueólogos apresentavam os achados.
Entre os itens exibidos estavam os restos de uma mandíbula humana, um testemunho direto das pessoas que viveram e morreram ali, e broches de complexa fabricação, que indicam não apenas riqueza, mas também um apurado senso estético e acesso a bens de luxo.
A cada artefato retirado da terra, uma nova peça do quebra-cabeça da vida da elite viking é cuidadosamente posicionada.
O legado de Harald Bluetooth e a estrutura da nobreza viking
Para compreender a magnitude desta descoberta, é fundamental situá-la no contexto do reinado de Harald Bluetooth.
Ele não foi apenas um rei; foi um transformador. Governando por volta de 958 a 986 d.C., Harald consolidou o poder, unificou os territórios que hoje formam a Dinamarca e partes da Noruega e, como imortalizado nas Pedras de Jelling:
"Fez os dinamarqueses cristãos".
Para administrar um reino tão vasto, ele dependia de uma rede de nobres leais. Se você quiser saber mais sobre este monarca, a Livros Vikings tem um artigo completo sobre quem foi Harald Dente-Azul.
O arqueólogo do museu, Mads Ravn, acredita que as sepulturas de Lisbjerg pertenciam a uma família nobre viking cuja fazenda foi descoberta nas proximidades no final da década de 1980.
A teoria de Ravn é que o patriarca dessa família poderia ter sido um dos condes (jarls) ou administradores nomeados diretamente por Harald Bluetooth para gerenciar essa região estratégica.
Este poderia ter sido um dos condes ou administradores de Harald Bluetooth.
Afirmou Ravn, explicando o sistema pelo qual o rei delegava poder a nobres para governar em seu nome.
Essa estrutura de poder explica a riqueza encontrada nas sepulturas. Esses administradores não eram apenas burocratas; eram a elite local, com acesso a recursos, rotas comerciais e bens de luxo.
Os objetos enterrados com eles não eram meros adornos, mas símbolos de seu poder, status e conexões. A descoberta deste cemitério, tão próximo a uma grande propriedade rural, oferece uma visão completa do estilo de vida de uma família da elite viking: onde viviam, como demonstravam sua riqueza e como honravam seus mortos.

A misteriosa Mulher Viking e suas raras posses de prestígio
Dentro do cemitério, uma sepultura em particular se destacou, sugerindo pertencer a uma mulher de grande importância na hierarquia social viking.
O que a torna tão especial são os objetos encontrados com ela, que dizem muito sobre seu status e as conexões de sua família.
Em seu túmulo, havia uma caixa decorativa repleta de objetos e um par de tesouras. A caixa, por si só, é um artefato de extrema raridade. Mads Ravn destaca:
É muito raro. Conhecemos apenas três delas.
A exclusividade deste item é amplificada por sua provável origem. Ravn observa que objetos semelhantes só foram encontrados no sudeste da Alemanha, o que sugere extensas redes de comércio ou alianças diplomáticas.
A presença de um item tão exótico e raro em uma sepultura na Dinamarca indica que esta mulher pertencia a uma família com influência que se estendia muito além das fronteiras locais.
Ela poderia ter sido uma figura central na gestão da propriedade, envolvida em artesanato de alto nível (como sugerido pela tesoura e pelos fios de ouro encontrados nas proximidades) ou simplesmente uma dama de uma linhagem tão poderosa que tinha acesso aos bens mais cobiçados da Europa.
A prática de enterrar os mortos com seus bens mais preciosos era central para as crenças da Era Viking. Como explica o arqueólogo:
As pessoas basicamente levavam o que era importante para elas para o túmulo porque queriam transferi-lo para o outro mundo.
Para esta mulher, a caixa rara e os outros objetos não eram apenas posses, mas extensões de sua identidade, status e talvez até de sua alma, destinados a acompanhá-la em sua jornada póstuma. A análise desses itens continua, prometendo revelar ainda mais sobre o papel das mulheres na elite viking.
A visita real e o futuro da Arqueologia Viking
A visita da rainha Margrethe ao sítio de escavação perto de Lisbjerg foi mais do que uma demonstração de interesse pessoal; foi uma afirmação poderosa da importância do patrimônio cultural da Dinamarca.
Ao percorrer o local e examinar os artefatos, a monarca, que abdicou em favor de seu filho, o Rei Frederik, em janeiro de 2024, emprestou o prestígio da coroa a este esforço científico.
Sua presença atrai a atenção da mídia e do público, garantindo que o trabalho meticuloso dos arqueólogos seja celebrado como uma questão de orgulho nacional.
Como patrona de longa data do Museu Moesgaard, a rainha tem um profundo entendimento do valor dessas descobertas.
Elas não são apenas relíquias do passado, mas chaves para entender a formação da nação dinamarquesa, as complexas redes sociais e políticas da Era Viking e as vidas dos indivíduos que moldaram essa história.
Cada broche, cada moeda e cada fragmento de osso é uma voz que ecoa através dos séculos, e o trabalho dos arqueólogos é traduzir suas histórias para nós.
A escavação está longe de terminar. Os resultados apresentados à rainha são apenas preliminares, e a análise completa dos 30 túmulos e seus conteúdos levará anos. No entanto, o que já foi revelado em Lisbjerg é espetacular.
O local oferece uma fotografia rara e detalhada de uma comunidade da elite viking durante um dos períodos mais transformadores da história escandinava.
É uma conexão tangível com o mundo de Harald Bluetooth, um mundo de poder, riqueza e fé em transição, agora cuidadosamente trazido à luz sob o olhar atento da realeza moderna.
Este artigo foi elaborado com o auxílio de Inteligência Artificial (IA).
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Referências
DONALDSON, Marcus. Queen Margrethe visits incredible new Viking burial site with links to ancient royalty and 'spectacular' horde of treasure. GB News. Londres, 30 ago. 2025. Disponível em: <https://www.gbnews.com/royal/royal-news-queen-margrethe-viking-burial>. Acesso em: 03 set. 2025.
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Sempre fico encantado com as novas descobertas referentes a era Viking. Estive recentemente (11 agosto 2025 / 2a. feira) no Museu Viking em Estocolmo, Suécia, e achei fabulosa a apresentação que eles oferecem referente a este povo. Desejo todo sucesso aos pesquisadores. (EUGÊNIO, em 06 setembro 2025 / sábado).