Embora tenha sido descoberto há mais de 150 anos, as modernas técnicas de arqueologia digital revelaram muitos dos mistérios que cercavam o Navio Viking Tune. Agora, parece provável que o Tune pudesse atravessar o Mar do Norte movido por uma vela grande o suficiente para torná-lo o Navio Viking mais rápido já descoberto.
Técnicas modernas ajudaram a esclarecer as descobertas históricas
Desenvolvimentos recentes em arqueologia digital, como o notável georadar, um método não invasivo de mapear locais de interesse, revelaram vários sítios interessantes de enterros em navios vikings na Noruega. No entanto, algumas das ferramentas e técnicas digitais também podem ser úteis para expandir o nosso conhecimento e entendimento das descobertas já existentes. Há apenas três navios bem preservados em cemitérios vikings na Noruega. Todos os três — Gokstad, Oseberg e Tune — estão em exibição no Museu do Navio Viking de Oslo. O Navio Tune foi descoberto em 1867 em uma fazenda de uma ilha perto de Fredrikstad, no sudeste da Noruega. Era o menos compreendido dos três barcos, até agora.
Segundo o arqueólogo e pesquisador Knut Paasche, do Instituto Norueguês de Pesquisa do Patrimônio Cultural (NIKU):
Dos três navios, o Tune tem menos restos de madeira. No entanto, este barco é uma fonte única para o entendimento da sociedade nórdica.
A reconstrução digital revelou os segredos do Tune
A equipe da NIKU de Paasche, criou a reconstrução digital do navio usando técnicas de varredura a laser. Após o trabalho, eles concluíram que a embarcação difere de várias maneiras dos barcos de Gokstad e Oseberg. Todos os três são construídos em clínquer — um método de construção naval, onde as bordas das pranchas do casco se sobrepõem —, mas o Tune tem a relação comprimento x largura significativamente diferente, e uma parte inferior mais plana.
O modelo digital, juntamente com algumas informações adicionais, confirmou parte do que foi assumido sobre o navio. Por exemplo, acreditava-se que o bordo livre do navio (bordo livre é a distância vertical entre a superfície da água e o pavimento principal de um navio — explicação adicional da Livros Vikings) era muito baixo para cruzar o Mar do Norte. Mas, o modelo revela que o Tune deve ter sido um veleiro rápido que funcionou também como um bom barco a remo.
Talvez possamos chamá-lo de “navio de entrega expressa”, construído principalmente para não durar, mas feito para mover rapidamente muitos homens por quaisquer distâncias, curtas ou longas. O navio tem um anexo para o mastro, que era muito sólido e pesado, o qual ficaria no meio do navio e manteria o mastro no lugar. Seu peso indica um mastro alto para serviços pesados, que carregaria uma vela de talvez 1.000 pés quadrados (304,8 m²). Esta é uma área de vela muito grande para um navio viking desse tamanho.
O método foi usado pelo NIKU em outras documentações de patrimônio cultural, mas essa foi a primeira vez que a técnica foi utilizada na arqueologia de navios. Tal era o interesse internacional pelo método, que Paasche publicou um artigo sobre as técnicas de reconstrução na International Journal of Nautical Archaeology (Revista Internacional de Arqueologia Náutica). FONTE: Forbes NIKEL, David. The Fastest Viking Ship Ever Found. Forbes. Nova Iorque, 01 de abr. de 2020. Disponível em: <https://www.forbes.com/sites/davidnikel/2020/04/01/the-fastest-viking-ship-ever-found/#22f1f50f6b65>. Acesso em: 01 de abr. de 2020. (Livremente traduzido pela Livros Vikings) Seja uma das primeiras pessoas a receber as novidades do Mundo Viking, assinando a nossa Newsletter ou adicionando-nos em seu WhatsApp... Siga-nos nas Redes Sociais. #viking #vikings #eraviking #medieval #drakkar #barcoviking #knörr #chalupa #navio #vikingship #livrosvikings
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