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O Espetáculo da Morte Viking: estrada sueca revela rituais e poder

Escavações em Västmanland revelam nove locais da Era Viking, de cremações públicas a guerreiros e a vida cotidiana viking


Livros Vikings | O Espetáculo da Morte Viking: Estrada Sueca Revela Rituais e Poder
Restos humanos datados da Era Viking encontrados em sítio arqueológico. — Crédito da Imagem: Getty Image

Índice


O progresso moderno tem um jeito peculiar de colidir com o passado antigo. Enquanto tratores e escavadeiras abriam caminho para a modernização da autoestrada E18 em Västmanland, na Suécia, eles não estavam apenas cortando a paisagem rural; estavam abrindo uma janela direta para a Era Viking.


A construção de uma nova estrada resultou na descoberta acidental não de um, mas de nove locais distintos da Era Viking.


Essas descobertas, supervisionadas por arqueólogos do "The Archaeologists", consultoria líder na Suécia e parte dos Museus Históricos Nacionais do governo, oferecem um panorama extraordinário da vida e da morte há mais de mil anos. Frederik Larsson, gerente de projeto da escavação, destacou a importância singular desses achados.


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Segundo Larsson, embora cada local seja fascinante por si só, é a visão combinada que se revela revolucionária. As descobertas proporcionam "uma seção transversal através de várias aldeias que ilustram a compreensão de como a sociedade — e a paisagem — mudaram ao longo do tempo".


O que foi encontrado em Västmanland não é apenas um punhado de artefatos, mas um ecossistema social completo. Os achados variam desde locais de cremação de chefes, projetados para impressionar, até túmulos de guerreiros e seus cavalos, e evidências da vida agrícola diária.


Estamos diante de um retrato complexo da sociedade viking, mostrando o poder dos seus líderes, a honra dos seus guerreiros e a base fundamental dos seus agricultores.


Esta colisão entre o século XXI e a Era Viking permite aos historiadores montar um quebra-cabeça que vai muito além dos estereótipos. A história viking de Västmanland, agora resgatada do esquecimento pelo avanço do asfalto, revela como as pessoas viviam, trabalhavam, honravam seus mortos e moldavam a própria terra para refletir seu poder e suas crenças.


O poderoso espetáculo do funeral viking em Rallsta

Entre os nove locais, talvez o mais impressionante seja o complexo funerário descoberto em Rallsta, perto de Hallstahammar. Este não era um enterro comum; era uma demonstração de poder e um espetáculo público meticulosamente orquestrado.


Os arqueólogos descobriram que um pequeno monte na área havia sido completamente remodelado pela mão humana. Esta não é uma característica natural; é engenharia da Era Viking, um esforço monumental que exigiu vasta mão de obra e planejamento. O objetivo? Criar um palco para a morte.


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No topo deste monte remodelado, a equipe encontrou os restos de duas grandes piras funerárias. Este era um local de cremação, mas sua localização e escala sugerem que era reservado para indivíduos de altíssimo status, provavelmente um chefe local e sua linhagem.


Frederik Larsson descreve o local como "um lugar que se destinava a ser visível de longe". A intenção era clara: este funeral não era um assunto privado.


As piras funerárias agiam como espetáculos públicos, transformando o topo do monte em uma atração para toda a comunidade.

Podemos imaginar o cenário: o fogo consumindo a pira, visível a quilômetros de distância, um farol de fumaça e chamas declarando a passagem de um líder e, simultaneamente, a transferência de poder. Na sociedade viking, um funeral dessa magnitude era tanto uma obrigação religiosa quanto uma manobra política.


A escolha pela cremação, comum na Era Viking (embora a inumação também fosse praticada), estava profundamente ligada à cosmologia nórdica. O fogo era visto como um elemento transformador, liberando a alma do corpo físico e facilitando sua jornada para o além-túmulo.


Ao realizar este ritual de forma tão pública e em um local tão proeminente, a comunidade não estava apenas lamentando seus mortos; estava reafirmando sua estrutura social, sua força e sua conexão com o sagrado.


O monte em Rallsta tornou-se, assim, um monumento permanente, uma cicatriz deliberada na paisagem que lembrava a todos sobre o poder da linhagem ali cremada.


Guerreiros e cavalaria: o Status Viking revelado nos túmulos

Se Rallsta demonstra o poder político e ritualístico da elite viking, outras descobertas em Västmanland iluminam o status e a identidade do guerreiro viking.


A oeste, na paróquia de Munktorp, a equipe encontrou outro monte funerário, servindo como um monumento para a aldeia local. O que o diferenciava era seu conteúdo: duas espadas foram cravadas na sepultura.


Na Era Viking, a espada era mais do que uma arma; era o símbolo máximo do status de um homem livre, um objeto de prestígio, muitas vezes passado de geração em geração.


Encontrar duas espadas em um único túmulo é um indicador de riqueza e posição social excepcionais.


Larsson especula sobre a identidade dos enterrados:


Provavelmente se trata de um grupo armado especial na sociedade que foi enterrado aqui.

Ele acrescenta que os enterrados poderiam ter feito parte de uma dinastia, e as espadas destinavam-se a "significar sua conexão" com essa linhagem de guerreiros.


No entanto, a descoberta mais notável sobre o status viking veio de uma série de outros cemitérios, abrangendo um longo período, do século VIII ao ano 1200. Em quase 30 sepulturas datadas do século XI, os arqueólogos encontraram um padrão fascinante: cavalos cremados ao lado de seus proprietários.


Este ritual não se limitava a um gênero ou classe. As sepulturas incluíam homens e mulheres, e os indivíduos variavam "dos comuns às elites sociais". Isso sugere que a conexão com o cavalo era uma parte fundamental da identidade local.


Mas estes não eram cavalos de fazenda comuns. Várias sepulturas continham equipamentos de cavalo extravagantes.


A equipe descobriu "acessórios pendentes com muitas formas diferentes e muitos sinos".


A análise de Larsson sobre esses achados pinta um quadro sensorial vívido. O equipamento não era apenas funcional; era uma declaração de moda e status, talvez o que ele chama de "uma espécie de traje local". O objetivo era claro:


Para que os cavalos e cavaleiros pudessem ser vistos e ouvidos.

Imagine uma figura da elite viking cavalgando por esta paisagem. O som dos sinos anunciaria sua chegada muito antes que fossem vistos.


O cavalo, em si um símbolo de riqueza (caro para manter e essencial para viagens rápidas), era adornado de uma forma que refletia diretamente o status do cavaleiro. O cavalo e o cavaleiro eram uma unidade de exibição social.


Alguns túmulos também continham armas, cães e aves de rapina para caça, completando a imagem de um estilo de vida aristocrático.


O enterro com um cavalo, especialmente um tão ricamente adornado, garantia que o falecido viajasse para o além-túmulo com o mesmo status e esplendor que desfrutou em vida, uma crença que ecoa a própria mitologia nórdica, onde o deus Odin cavalgava seu cavalo de oito patas, Sleipnir.


O cotidiano do agricultor viking: pão, ferro e ritual

Embora os espetáculos funerários e os guerreiros com seus cavalos capturem a imaginação, a sociedade viking era construída sobre uma base muito mais humilde: a fazenda.


As escavações em Västmanland forneceram evidências cruciais do "outro" lado da vida viking — o cotidiano dos agricultores (bóndi) que sustentavam essas comunidades.


Entre os nove locais, a equipe escavou evidências da vida diária, incluindo artefatos que mostram que os residentes estavam assando pão e forjando ferro.


Esses dois elementos são os pilares da autossuficiência viking. Assar pão implica o cultivo de grãos (como cevada e centeio), o moinho manual (a quern) para fazer farinha e a construção de fornos de barro. Representa a vida agrícola estabelecida, a casa e a nutrição da família.


Forjar ferro, por sua vez, representa a indústria. O ferreiro local era uma das figuras mais vitais da comunidade. Ele produzia tudo, desde o prego para construir um barco até a foice para colher o grão, e, claro, as espadas e pontas de lança para os guerreiros. Ter evidências de trabalho em ferro mostra uma comunidade complexa e autossuficiente.


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O que torna essa descoberta particularmente profunda é onde essas evidências da vida diária foram encontradas. A escavação revelou uma fazenda pré-histórica situada ao lado da escultura de petróglifos da região.


Petróglifos são esculturas rupestres, muitas vezes datando de períodos muito anteriores à Era Viking, como a Idade do Bronze. Isso significa que os agricultores viking não apenas se estabeleceram em uma terra fértil; eles escolheram viver e trabalhar conscientemente em meio a locais que já eram antigos e ritualisticamente significativos para eles.


Como o artigo da Popular Mechanics observa, isso estava "fundindo a vida cotidiana com o significado ritual".


Para o agricultor viking, não havia separação clara entre o mundano e o sagrado. A fazenda estava em uma paisagem viva, cheia de história e poder dos ancestrais. Plantar, colher, forjar e assar pão não eram apenas tarefas de sobrevivência; eram atividades realizadas em um espaço sagrado, conectando o presente ao passado mítico.


Conclusão

A construção da autoestrada E18 poderia facilmente ter selado para sempre esses segredos sob o asfalto. Em vez disso, tornou-se a chave improvável para um dos retratos mais completos da sociedade da Era Viking encontrados na Suécia moderna.


As nove localidades em Västmanland, juntas, contam uma história completa. Vemos o chefe no topo do monte remodelado, seu funeral um espetáculo de fogo e poder (Rallsta). Vemos os guerreiros de elite, enterrados com suas espadas dinásticas (Munktorp).


Vemos a cavalaria local, homens e mulheres tilintando com sinos, exibindo seu status (os 30 túmulos de cavalos). E, crucialmente, vemos os agricultores assando pão e forjando ferro, vivendo suas vidas diárias sob a sombra dos antigos petróglifos.


Como concluiu Frederik Larsson, "através de uma nova estrada, o conhecimento da história mais antiga de Västmanland se ampliou e se aprofundou".


As descobertas, agora compiladas em um livro financiado pela Administração de Transportes da Suécia, provam que a Era Viking não era monolítica, mas uma tapeçaria complexa de rituais, poder, guerra e agricultura, tudo acontecendo na mesma paisagem vibrante.


Este artigo foi parcialmente criado por Inteligência Artificial (IA). Para mais notícias sobre achados arqueológicos e história, continue acompanhando a Livros Vikings. Somos um portal dedicado a trazer informações históricas e curiosidades sobre a Era Viking. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais!


Referências

NEWCOMB, Tim. Workers Were Building a Road—and Uncovered an Entire Viking Village. Popular Mechanics. Nova Iorque, 12 de nov. de 2025. Disponível em: https://www.popularmechanics.com/science/archaeology/a69289838/viking-village/. Acesso em: 13 de nov. de 2025.


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1 comentário

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Eugênio Jardim
Eugênio Jardim
há 3 dias
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Fiquei maravilhado com esta bem recente descoberta na Suécia devido a construção de uma estrada (na  modernização da autoestrada E18 em Västmanland, na Suécia). Espero que paralizem as obras para que uma vasta busca seja realizada pelos especialistas. Sempre pergunto: como pode uma civilização, como a Viking, ter acabado? Eram tão progressistas, porque acabaram? Porque não ficou um país tradicionalmente Viking na história do mundo? Sinceramente não entendo. (EUGÊNIO, em 15 nov. 2025 / sábado).

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