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A MAIS BEM PRESERVADA “ESPADA” DE TEAR VIKING

Ricamente escupido, o objeto é feito de carvalho. A Espada da Tecelã é um artefato Viking, que data do Século XI, sendo descoberto na primavera de 2017, durante uma escavação arqueológica no sítio Beamish & Crawford, na cidade de Cork.


A mais bem preservada “espada” de tear viking
Uma espada viking de 1.000 anos, perfeitamente preservada, descoberta por arqueólogos no local da antiga cervejaria Beamish e Crawford na cidade de Cork.

É sabido que os vikings haviam estabelecido um assentamento nesta parte do centro da cidade, mas a descoberta confirmou que os escandinavos notoriamente guerreiros também tinham uma vida “normal”. Na verdade, o instrumento de madeira delicadamente esculpido, com 38,2 cm de comprimento, não foi projetado para ser utilizado em batalha.


“Na verdade, a ‘espada’ era usada como parte de um tear e provavelmente por uma mulher”, diz Daniel Breen, curador do Cork Public Museum, onde o objeto agora faz parte da coleção. “O tear viking era uma engenhoca vertical, tendo o seu design utilizado do medievo à modernidade. O Objeto era usado para ‘martelar’ os fios.”


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A descoberta é um dos vários implementos de madeira da era viking descobertos no local. “Também temos a tampa de uma caixa e o pummel de uma sela, o que é muito raro, junto com cerca de doze outras peças”, disse Breen. É feito de carvalho, com duas cabeças esculpidas no cabo e um padrão entrelaçado ao longo da lâmina”.


O primeiro ataque viking ao que hoje é a cidade de Cork foi registrado em 820 d.C. “Os vikings invadiram o mosteiro associado a São Fin Barre, onde hoje fica a catedral. O mosteiro era muito rico e um alvo fácil. Mas dentro de um século, os vikings se estabeleceriam em Cork, pelo menos nos meses de inverno, negociando mercadorias com os gaélicos-irlandeses. E centenas de anos depois eles ficaram bem estabelecidos na área.”


Nos últimos vinte anos, escavações arqueológicas ao redor do centro da cidade aprofundaram nossa compreensão dos vikings e de sua cultura. “As fontes históricas são escassas, mas as escavações nos permitiram saber muito mais sobre o que comiam, por exemplo, e como construíam suas casas. Os gaélicos-irlandeses costumavam viver em terreno alto, ao longo do que hoje é a Rua Barrack, mas os vikings se estabeleceram mais abaixo, em torno do centro da cidade, ao longo das Ruas North e South Main.


O Dr. Maurice Hurley, que liderou a escavação por três anos no sítio de Beamish & Crawford, antecipou a descoberta dos artefatos vikings. “Outras evidências de assentamentos vikings apareceram na rua South Main antes”, diz Hurley. “Mas você nunca sabe o que esperar quando começa a cavar, e a quantidade de escavação que fazemos depende do nível de desenvolvimento planejado para o local.


"Neste caso, havia planos para um porão, então cavamos até aquele nível. Encontramos a espada e muitos outros itens no que haviam sido o piso de uma casa no lado sul do sítio, porém a casa pode ter sido incendiada; de qualquer forma, o telhado parece ter desabado, e isso ajudou a preservar o material.


“A ‘espada’ parece datar da chamada Era Viking ou Hiberno-Nórdica. Os vikings já eram cristãos e seus dias de incursões pela costa estavam no passado”.


Longe de serem bárbaros, os vikings eram, diz Hurley, “um povo que gostava de atribuir significado estético e pessoal aos objetos mundanos. Eles se esmeravam muito trabalho para decorar seus pentes, por exemplo.”


Ele acredita que os desenhos da espada são evidências do que ele chama de “fusão cultural” entre os vikings e os irlandeses nativos. “Estilisticamente, você não encontraria algo assim na Noruega ou em qualquer parte da Irlanda que não tenha sido colonizada pelos nórdicos.”


A cabeça esculpida na espada da tecelã.

Ele ficou particularmente impressionado com as cabeças esculpidas em seu cabo, uma das quais sobreviveu melhor que a outra. “Há um alto nível de habilidade. O rosto é bastante distinto, com uma expressão muito estóica”.


Hurley trabalha em um livro sobre as suas descobertas no sítio arqueológico de Beamish & Crawford, e espera que seja publicado em 2023.


Enquanto isso, a Espada da Tecelã e outros artefatos da escavação estão em exibição proeminente no saguão do Museu Público de Cork, onde se mostraram extremamente populares entre os visitantes, desde que a instituição reabriu em junho passado. Embora tenha sido fechado devido às restrições do Covid-19 em 2020/21, a equipe do museu atualizou seu site e a espada atraiu muito interesse internacional.


“Recebemos muitas perguntas por e-mail sobre suas dimensões e design”, diz Breen. “Principalmente de pessoas fazendo réplicas para encenações históricas e afins. Sempre há um grande interesse pelos vikings.”


FONTE: Irish Examiner

VALLIG, M. O’ Sullivan. Cork In 50 Artworks, No 48: The Viking Weaver's Sword, found at the Beamish site. Irish Examiner. Dublin, 04 de abr. de 2022. Disponível em: <https://www.irishexaminer.com/lifestyle/artsandculture/arid-40842209.html>. Acesso em: 08 de abr. de 2022.


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