O Rei Viking Sveinn Estríðason foi sepultado na Catedral de Roskilde e ao seu lado jazia uma mulher, mas quem era ela?
Os vikings são conhecidos por suas façanhas marítimas, suas conquistas territoriais e sua cultura guerreira. Mas, o que sabemos sobre as mulheres que viveram na Era Viking? Será que elas tinham algum papel na sociedade, na política ou na guerra?
Um caso intrigante é o do túmulo do último Rei Viking da Dinamarca, Sveinn Estríðason, que morreu em 1074 d.C. e foi sepultado na Catedral de Roskilde. Ao seu lado, jazia uma mulher, mas quem era ela?
Durante muito tempo, os historiadores presumiram que se tratava de sua mãe, Estríðr, irmã de Knútr inn ríki (Canuto, o Grande), Rei da Dinamarca e da Inglaterra.
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Estríðr teria vivido até os 75 anos e sido uma figura política influente na corte dinamarquesa. No entanto, em 2005, uma análise de DNA dos dentes reais revelou que a mulher enterrada com Sveinn não era sua mãe, mas sim sua nora. Ainda assim, ela não tinha mais de 35 anos quando morreu.
Isso levanta a questão: por que Sveinn escolheu ser enterrado com sua nora em vez de sua mãe? E qual era a importância dessa mulher para ele e para o reino.
Ouça o episódio “O Papel da Mulher na Era Viking” do Viking Cast para saber mais sobre assunto:
Infelizmente, não há registros históricos que mencionem seu nome ou sua origem. Porém podemos especular com base em algumas evidências arqueológicas e literárias.
Quem era a famigerada mulher viking?
Uma possibilidade é que ela fosse uma guerreira viking, uma mulher que lutava ao lado dos homens nas batalhas. Embora essa ideia seja controversa entre os especialistas, há alguns indícios de que as mulheres vikings podiam ter um papel militar.
Por exemplo, em 2017, foi confirmado por meio de DNA que um famoso guerreiro viking enterrado na Suécia no Século X era uma mulher. Ela estava acompanhada de armas, cavalos e peças de jogo, o que sugere que ela era uma líder e uma estrategista.
Outra possibilidade é que ela fosse uma rainha ou uma princesa de outro reino viking, e que seu casamento com um dos filhos de Sveinn fosse parte de uma aliança política.
O casamento na Era Viking
Os vikings tinham um sistema de casamento complexo, que envolvia dotes, heranças e divórcios. As mulheres podiam ter certa autonomia e influência sobre seus maridos e filhos. Algumas delas eram até mesmo fundadoras de dinastias ou colonizadoras de novas terras.
Leia também: Como realmente eram os casamentos vikings
Auðr djúpúðga (Aud, a Profunda), a exemplo, era filha de um chefe norueguês nas Hébridas (ilhas ao norte da Escócia), casou-se com um rei viking baseado em Dublin. Após a morte de seu marido e de seu filho, ela liderou uma expedição para a Islândia, onde se estabeleceu com seus parentes e escravos.
Uma terceira possibilidade é que ela fosse uma sacerdotisa ou uma vǫlva (völva), uma mulher que praticava magia e profecias nas religiões nórdicas da Era Viking. As vǫlur (völvas) eram respeitadas e temidas pelos vikings, pois podiam invocar os poderes dos deuses e dos espíritos.
Elas usavam roupas e objetos especiais, como varinhas e amuletos, e viajavam pelo mundo oferecendo seus serviços em troca de presentes.
Uma das mais famosas vǫlur da mitologia nórdica é a Hyrrokkin gýgr, que foi chamada para empurrar o navio funerário de Baldr para o mar.
Seja qual for a verdadeira identidade da mulher enterrada com Sveinn Estríðason, o fato é que ela deve ter sido alguém muito especial para ele e para a história da Dinamarca.
Ela representa a diversidade e a complexidade das mulheres na Era Viking, que não eram apenas esposas ou mães, mas também guerreiras, rainhas, sacerdotisas e muito mais.
Este texto foi parcialmente criado com Inteligência Artificial. Para mais notícias sobre achados arqueológicos e história, continue acompanhando a Livros Vikings. Somos um site dedicado a trazer informações históricas e curiosidades sobre a Era Viking. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais!
Referência
The Last Viking King Was Buried With A Woman – But Who Was She? | IFL Science
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