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A verdadeira identidade dos vikings: o que a genética revela sobre os antigos nórdicos

Estudos genéticos mostram que a imagem clássica dos vikings como guerreiros escandinavos homogêneos está longe de refletir a realidade

 

Livros Vikings | A verdadeira identidade dos vikings: o que a genética revela sobre os antigos nórdicos
Pesquisador examina um do crânio da Era Viking. Os restos mortais são provenientes de um grande cemitério medieval em Varnhem, Suécia. — Crédito da Imagem: Carolina Bertilsson, CC-BY 4.0.

Índice

 

A Livros Vikings já explorou este e outros temas do fascinante mundo viking, mas pesquisas genéticas recentes trouxeram revelações importantes sobre quem esses antigos nórdicos realmente foram.

 

Este artigo baseia-se em um estudo publicado na Nature, onde cientistas sequenciaram o DNA de mais de 400 esqueletos vikings.

 

 

Esses achados desafiam a visão tradicional dos vikings como um grupo homogêneo de invasores escandinavos e expõem uma cultura complexa e diversificada. Segundo Eske Willerslev, líder do projeto:

 

Os resultados mudam a percepção de quem realmente foi um viking, e os livros de história precisarão ser atualizados.

 

Vikings além da Escandinávia: identidade e diversidade genética

O estudo revelou que a identidade viking não estava restrita a indivíduos de ancestralidade escandinava.

 

Genomas de esqueletos encontrados em cemitérios vikings na Escócia mostram que muitos dos enterrados como vikings tinham ascendência celta, proveniente de povos pictos.

 

 

Esses "vikings" celtas assumiram a identidade cultural viking sem a necessidade de um vínculo sanguíneo direto, contrariando a imagem de um grupo exclusivamente nórdico.

 

Outro achado fascinante foi a presença de influências genéticas de regiões como a Ásia e o sul da Europa nos genomas vikings.

 

Esse fluxo genético mostra que, antes e durante a Era Viking, havia migrações e trocas culturais que impactaram a herança genética escandinava, desafiando a ideia de uma Escandinávia isolada e uniforme.

 

Raides familiares e culturas misturadas

Os famosos raides vikings, como o ataque a Lindisfarne e outros locais costeiros na Europa, geralmente são vistos como ações brutais de guerreiros sem vínculos familiares.

 

No entanto, o estudo revelou que essas incursões frequentemente incluíam parentes próximos.

 

Em um cemitério de uma embarcação na Estônia, cientistas descobriram quatro irmãos vikings que morreram no mesmo dia, evidenciando que essas expedições eram eventos familiares, o que reforça seu impacto social.

 

 

Os pesquisadores também confirmaram que os vikings da Noruega se dirigiam à Irlanda, Escócia e Groenlândia; os dinamarqueses à Inglaterra; e os suecos aos países bálticos.

 

Esse padrão de migração era orientado não apenas pela ânsia de pilhagem, mas também por laços culturais e comerciais.

 


Muitos vikings partiam com o objetivo de realizar trocas, explorando e expandindo suas redes comerciais e transformando-se em agentes de intercâmbio cultural.

 

A influência genética dos vikings no Reino Unido

A influência viking ainda pode ser observada na genética moderna. Cerca de 6% dos habitantes do Reino Unido possuem algum nível de ancestralidade viking, número que chega a 10% na Suécia.

 

Esses dados mostram que a presença viking deixou um legado duradouro. Cidades, sobrenomes e até características físicas podem, em alguns casos, ser rastreados até essa mistura populacional.

 

Willerslev explica que a diversidade genética documentada nesse estudo revela que os vikings formaram uma diáspora escandinava, exportando ideias, tecnologias e práticas culturais.


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Em dois esqueletos encontrados nas Ilhas Orkney, na Escócia, os indivíduos foram enterrados com espadas e ornamentos vikings, mas suas características genéticas eram semelhantes aos irlandeses e escoceses modernos.

 

Isso exemplifica como a cultura viking era menos uma linhagem genética específica e mais uma identidade cultural fluida e abrangente.

 

Este artigo foi parcialmente criado por Inteligência Artificial (IA). Para mais notícias sobre achados arqueológicos e história, continue acompanhando a Livros Vikings. Somos um site dedicado a trazer informações históricas e curiosidades sobre a Era Viking. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais!

 

Referência

MARGARYAN, Ashot. Population genomics of the Viking world. Nature, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41586-020-2688-8.

 

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1 Comment

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Guest
Nov 14
Rated 5 out of 5 stars.

Extremamente interessante a reportagem. Parabéns aos pesquisadores. (eugenio.accs.ecj@gmail.com) Em 14.11.24 / 5a. feira.

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