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A VERDADE SOBRE O DESCOBRIMENTO VIKING DA AMÉRICA

Pat Kinsella segue as sagas e explora as façanhas dos primeiros europeus a visitarem a América.


A verdade sobre o descobrimento viking da América

Conhecido como o Dia de Colombo, um feriado federal nos Estados Unidos, celebrado na segunda segunda-feira de outubro (12 de outubro aqui no Brasil, junto do Dia de Nossa Senhora Aparecida e do famigerado Dia das Crianças — informação adicional pela Livros Vikings), marca o aniversário da chegada de Cristóvão Colombo às Américas em 1492 — evento que, sem dúvida, marcou uma virada na sorte dos continentes unidos, ao norte e ao sul de onde atracou.


Mas, apesar da percepção popular, o explorador italiano não foi o primeiro europeu a pisar em solo americano.


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Quase cinco séculos antes de Colombo chegar às Bahamas, um barco cheio de homens atracou na América do Norte. E embora a descoberta inicial dos vikings, do que viria a ser conhecido como o Novo Mundo, tenha sido quase certamente um acaso, em pouco tempo, os exploradores nórdicos liderados por Leif Erikson e seus irmãos, deliberadamente apontaram os seus escaleres à fértil terra ocidental. No início dos anos 1000, uma colônia viking, por meio de um terreno que eles chamavam de Vínland, lugar de uvas para vinho e trigo, tentava criar raízes no Valhalla.


Leif pertencia a uma longa linhagem de aventureiros, cujas perambulações nem sempre foram inteiramente voluntarias. Seu avô, Thorvald Asvaldsson, foi banido da Noruega por homicídio culposo, uma punição que o levou a buscar por um novo para sua jovem família. Isso ele encontrou na Islândia, uma terra originalmente descoberta por seu parente Naddodd. Cerca de 22 anos depois, o filho de Thorvald (e pai de Leif), Erik, o Vermelho, foi expulso da Islândia por matar Eyiolf, o Imundo. Durante o seu exílio, ele descobriu e viveu na Groenlândia.


Leif tinha muito o que viver, e preparar os alicerces da fundação do primeiro assentamento europeu nas Américas não seria um legado ruim — mesmo que ele passasse despercebido por quase um milênio.


Porém, como esse viking encontrou o caminho através do furioso Atlântico, sem o auxílio da navegação, e o que ele esperava encontrar? Ele foi mesmo o primeiro europeu a pisar em solo americano ou alguns de seus parentes chegaram lá antes?


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Código nórdico

Nunca é fácil rastrear com precisão uma história que começou há mais de mil anos, mas felizmente, os vikings deixaram seu legado nas sagas — relatos detalhadamente escritos das façanhas de seus heróis.

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No caso de Leif e de sua grande aventura americana, cerca de duzentos anos passaram entre o ocorrido e a transcrição dos acontecimentos. Durante este tempo, as histórias eram passadas oralmente através das gerações e em torno das sociedades da Groenlândia e da Islândia (que se tornavam cada vez mais separadas culturalmente da Noruega) com inevitáveis ​​distorções e exageros.


O resultado não foi um, mas dois relatos separados — a Saga Grænlendinga (Saga dos Groenlandeses) e a Saga Rauða de Eiríks (Saga de Erik, o Vermelho). Coletivamente, são conhecidas como as Sagas de Vínland e contêm versões diferentes sobre quem fez o quê e quando. De acordo com a Saga Grænlendinga, a primeira pessoa a avistar o solo americano foi um comerciante viking chamado Bjarni Herjólfsson, que foi desviado do curso por uma tempestade e se perdeu ao tentar seguir a rota de seu pai da Islândia à Groenlândia por volta de 986 d.C.


Bjarni nunca atingiu o novo e estranho continente, e, por mais de uma década, ninguém parecia excessivamente interessado em sua história, até que ela atingiu os ouvidos inquietos do jovem Leif Erikson. Animado com a história, Leif partiu em uma expedição para explorar as misteriosas terras do oeste, seguido posteriormente por seus irmãos Thorvald e Thorstein, além da irmã Freydis Eriksdottir, junto com o explorador islandês Thorfinn Karlsefni.


No entanto, na Saga Rauða de Eiríks, Leif teve um papel menor, simplesmente avistando a costa da América, da mesma maneira que Bjarni. Nesta saga, foi Thorfinn Karsefni quem liderou a principal expedição à área nomeada em ambos os livros como Vínland.


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OS PRINCIPAIS HERÓIS


Leif Erikson

Explorador viking e primeiro evangelista cristão, nascido em algum momento entre 960 e 970 d.C, e o segundo dos três filhos de Erik, o Vermelho, e Thjohild. Ele também é conhecido como 'Leif, o Sortudo', famoso por ter descoberto a América.


Tyrker

O servo mais velho de Leif — uma figura de pai adotivo (possivelmente um escravo alemão libertado), que acompanhou o explorador durante a sua aventura americana e descobriu as 'uvas' que deram ao continente o nome de Vínland.


Erik, o Vermelho

O pai de Leif, que, exilado da Islândia por matar Eyiolf, o Fulvo, por volta do ano 982 d.C., foi o primeiro a colonizar a Groenlândia.


Thorvald Asvaldsson

O avô de Leif, que, banido da Noruega em 960 d.C por homicídio culposo, foi para o exílio na Islândia, uma terra descoberta por seu parente Naddodd.


Bjarni Herjólfsson

Possivelmente, o primeiro europeu a avistar as Américas, por volta de 986 d.C. Embora não mencionado na Saga Rauða de Eiríks, na Saga Grœnlendinga, Bjarni é desviado do curso ao tentar chegar à Groenlândia, mas ele opta por não atracar.


Thorfinn Karlsefni

Explorador islandês e personagem proeminente na Saga de Erik, o Vermelho, na qual é creditado como o líder da primeira grande expedição de exploração do solo norte-americano e por estabelecer um assentamento.

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Embora ambas as histórias sejam fortemente salpicadas de floreios fantásticos, os historiadores há muito acreditam que foram originalmente baseadas em fatos, uma teoria que se provou correta, pois um assentamento da Era Viking foi descoberto em L'Anse aux Meadows, Newfoundland, Canadá, no início dos anos 60, pelo explorador norueguês Helge Ingstad e sua esposa, a arqueóloga Anne Stine Ingstad.


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Alguns estudiosos consideram a Saga Grænlendinga, escrita um pouco antes da Saga Rauða de Eiríks, a mais confiável das duas, embora as respectivas histórias compartilhem vários aspectos e personagens, e muitos dos eventos descritos não seram simutuamente exclusivos um do outro.


Quem foi Leif Erikson?

De acordo com a tradição viking, quando criança, Leif era cuidado e ensinado fora da unidade familiar. Seu tutor foi um homem alemão chamado Tyrker, considerado um escravo libertado, quem foi capturado anos antes por Erik, o Vermelho. Tyrker se tornou mais um pai adotivo do que um servo para Leif, mais tarde o acompanhando em suas expedições de longo alcance.


Sem dúvida, tendo ouvido, desde muito jovem, os contos das aventuras de seu pai e avô, Leif, por volta dos 20 anos, sentira um forte desejo de explorar. Sua escapada inicial o viu partir da Groenlândia em 999 d.C., em uma viagem à Noruega, onde pretendia servir ao Rei Olaf Tryggvason.


Leif Erikson avistando a América pela primeira vez. — (Imagem por: Bettmann, Getty Images)

No caminho, no entanto, o navio de Leif foi desviado do curso e o clima extremo o forçou a se abrigar nas Hébridas, na costa noroeste da Escócia continental. As difíceis condições continuaram por um mês ou mais, impedindo o viking de zarpar, contudo, Leif se manteve ocupado e acabou engravidando a filha do senhor que o hospedava. A mulher, Thorgunna, deu à luz um filho, Thorgils, mas não antes de Leif partir para a Noruega.


Leif deixou uma boa impressão em Olaf e o rei o convidou para se juntar a sua comitiva como um cavalheiro, um membro de um círculo fechado de soldados armados. Durante sua estada na Noruega, que durou o inverno, Leif e toda a sua tripulação foram convertidos ao cristianismo, uma fé seguida por Olaf, e batizados. Na primavera, Leif recebeu uma missão: apresentar o cristianismo ao povo da Groenlândia. Foi um desafio que ele agarrou com entusiasmo, entretanto, ainda não saciava o seu apetite por aventura.


As histórias em torno do primeiro encontro de Leif com as Américas diferem significativamente. Na Saga Rauða de Eiríks, as tempestades novamente desviaram o retorno do viking depois que ele deixou a Noruega, desta vez levando-o tão longe para o oeste que ele foi parar perto da costa de um continente, que era desconhecido para todos a bordo, mas que parecia promissoramente fértil.


Na Saga Grænlendinga, no entanto, Leif aprende sobre essa terra misteriosa com Bjarni Herjólfsson, e fica tão intrigado que compra o knarr (um navio viking) de Bjarni e decide refazer sua rota. De acordo com este relato, com uma tripulação de 35 homens e minido apenas com um barco de segunda mão e uma descrição verbal da rota que seguiria. Leif iniciou sua jornada de 1.800 milhas (2.896 km) para um mundo completamente novo durante o ano de 1000 d.C.


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A viagem de Leif Erikson para Vínland: uma linha do tempo

A cronologia e geografia exatas das aventuras de Leif Erikson são assuntos discutíveis, com as duas fontes primárias oferecendo relatos diferentes, mas o seguinte é uma representação dos eventos descritos principalmente na saga Grænlendinga (Saga dos Groenlandeses), que a maioria dos estudiosos aceita como sendo o texto mais confiável.


1 | Primavera/início do verão 999 d.C —Groenlândia

Leif deixa a Groenlândia rumo à Noruega, onde pretendia servir ao Rei Olaf Tryggvason. Seu barco é desviado do curso e ele faz um desembarque forçado nas Hébridas.


2 | Verão — Hébridas, Escócia


Confinado nas ilhas por um mês ou mais, devido ao clima extremo, Leif recebe a hospitalidade de um chefe local e começa um caso com sua filha, Thorgunna, que resulta no nascimento de um filho, Thorgils.


3 | Inverno — Nidaros (atual Trondheim), Noruega

Ao chegar à Noruega, Leif é bem recebido por Olaf Tryggvason. Enquanto passava o inverno na Noruega, Leif adota a fé cristã, a qual é seguida por seu anfitrião. Depois é enviado de volta à Groenlândia em uma missão para converter seus irmãos. De acordo com a Saga Rauða de Eiríks (Saga de Erik, o Vermelho), o barco de Leif é desviado do curso novamente durante sua viagem de volta, levando-o para além da área da América do Norte que mais tarde seria conhecida como Vínland. Os relatos divergem sobre se isso realmente aconteceu e, se aconteceu, se ele atracou.


4 | 1000 d.C. — Brattahlíð (Brattahlid), Groenlândia

Tendo sido inspirado pelos contos de Bjarni Herjólfsson (um comerciante viking que avistou a costa americana depois de se perder em 986 d.C) ou tentando retornar à terra fértil que ele vislumbrara ao retornar da Noruega (dependendo de qual saga você acredita), Leif veleja deliberadamente para o noroeste para localizar e explorar o misterioso continente.


5 | Helluland (que se acredita ser a Ilha Baffin no atual território canadense de Nunavut)

Depois de cruzar as águas geladas agora conhecidas como Estreito de Davis, Leif encontrou uma costa árida e congelada, que chamou de Helluland ('terra de laje de pedra').


6 | Markland (provavelmente parte da costa do Labrador, Canadá)

Continuando a navegar, traçando a linha costeira para o sul, Leif encontrou um terreno arborizado contornado por uma linha costeira branca. Leif a chamoude Markland ('terra da floresta'), mas ele não ficou lá por muito tempo.


7 | Inverno de 1000 d.C. — Vínland (L'Anse aux Meadows, Newfoundland, Canadá)

Empurrado pelo vento nordeste por dois dias, Leif finalmente encontrou o tipo de paisagem que estava procurando — fértil e cheia de comida, incluindo uvas (embora estas possam ser groselhas), onde passou o inverno, em um pequeno povoado chamado Leifsbúðir (‘as Tendas de Leif'). Na primavera, Leif e sua tripulação navegaram de volta à Groenlândia, carregando uma carga preciosa de uvas e madeira. No caminho, eles encontram alguns vikings naufragados, os quais salvaram.

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Erik, que supostamente nutria reservas sobre a expedição, estava preparado para acompanhar o filho, porém desistiu da viagem depois de cair do cavalo pouco antes da partida, o que ele interpretou como um mau presságio. Implacável, Leif zarpou e seguiu a rota de volta ao lar de Bjarni em 986 d.C., traçando curso para noroeste, através da extremidade superior do Atlântico. O primeiro lugar que eles encontraram foi descrito como uma terra árida, agora considerada a Ilha Baffin. Leif a chamou como a viu, ou seja, Helluland, que significa "a terra das pedras planas".


Ele continuou para o sul e contornou a costa do país que conhecemos como Canadá. O próximo lugar digno de nota, onde a paisagem mudou para se tornar densamente arborizada, Leif chamou Markland — que significa 'terra de florestas' —, provavelmente a costa de Labrador. O país parecia promissor, até por causa da abundância de árvores, algo que na Groenlândia faltava (apesar do nome — Terra Verde —, que Erik, o Vermelho escolheu para torná-la atraente às pessoas que ele queria atrair da Islândia). Embora a madeira estivesse em alta demanda para a construção de casas e barcos, Leif continuou navegando para o sul.


O Mapa de Vínland, possivelmente o primeiro mapa com o Novo Mundo, um "mapa mundi" do Século XV, que alguns consideram uma farsa. (Foto de VCG Wilson / Corbis via Getty Images)

Por que Vínland é conhecida como a 'terra do vinho'?

Eventualmente, os exploradores chegaram a um lugar, que se pensava ser a Ilha Newfoundland, que marcava todas as caixas de Leif. A expedição montou acampamento em um lugar que viria a ser chamado de Leifsbúðir (literalmente Tendas do Leif) perto de Cape Bauld, na atual L'Anse aux Meadows, no extremo norte de Newfoundland. Lá eles passaram pelo menos um inverno, entusiasmados com o clima comparativamente ameno, as condições férteis e a abundância de alimentos. Um dia, Tyrker aparentemente desapareceu de um grupo que coletava suprimentos, e quando Leif o localizou, ele estava bêbado e balbuciando alegremente sobre algumas frutas que havia encontrado.


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Elas são chamadas de uvas na saga, embora os especialistas modernos pensem que é improvável que as uvas como as conhecemos tenham crescido tão ao norte, e especulam que Tyrker estava esfregando morangos, groselhas ou cranberries fermentados naturalmente. De qualquer forma, essa descoberta foi recebida com prazer, e o lugar foi posteriormente denominado Vínland, que significa "terra do vinho".


Por que Leif Erikson foi chamado de Leif, o Sortudo?

Em algum momento de 1001, carregados com suprimentos de preciosas "uvas" de vinho e madeira, Leif e seus homens fizeram a viagem de volta à Groenlândia, cheios de contos sobre uma terra ocidental de generosidade e beleza. No caminho de volta para casa, eles encontraram e resgataram um grupo de marinheiros nórdicos naufragados, uma aventura que aumentou a fama do capitão e o levou a adquirir o apelido de 'Leif, o Sortudo'.


Posteriormente, Leif permaneceu na Groenlândia, defendendo entusiasticamente o cristianismo, enquanto seu irmão Thorvald empreendeu uma segunda expedição a Vinland, durante a qual foi morto. Ao contrário da Groenlândia e da Islândia, Vinland tinha uma população de indígenas — conhecidos pelos exploradores vikings como Skrælings — que não ficaram nada impressionados com a chegada repentina dos escandinavos. Thorvald ganhou a infeliz honra de se tornar o primeiro europeu a morrer no continente, quando foi morto em uma escaramuça com os Skrælings.


Seu outro irmão, Thorstein, tentou recuperar o corpo de Thorvald, mas morreu após uma viagem sem sucesso. Sua esposa, Gudrid Thorbjarnardóttir, conheceu e se casou com Thorfinn Karlsefni, um comerciante islandês, quem posteriormente lideraria uma tentativa de estabelecer um assentamento maior e permanente no novo continente, mas, falhou, entretanto, o casal deu à luz um filho, Snorri Thorfinnsson, o primeiro europeu a nascer no continente americano.


Freydis Eiriksdottir, irmã de Leif, também viajou para Vínland, seja com Thorfinn Karlsefni ou como parte de uma expedição com dois outros comerciantes islandeses, que ela posteriormente trairia ou mataria (dependendo da saga que você ler). Em última análise, embora o terreno oferecesse um bom suprimento de madeira e suprimentos, operar um assentamento permanente tão longe de casa provou ser muito difícil para os vikings.


O capítulo americano da saga dos vikings havia começado por acidente e suas tentativas subsequentes de colonizar deliberadamente o continente estavam fadadas ao fracasso. Ataques ferozes de ameríndios, mudança climática e distância de seus irmãos nórdicos foram os culpados do fracasso.


Ainda assim, essas pessoas intrépidas e temerosas sabiam como empunhar canetas, bem como baluartes e remos, e as notícias da descoberta feita pelos nórdicos se infiltraram pelos portos europeus ao longo dos séculos, influenciando as ambições de exploradores posteriores, incluindo Colombo, que alegou ter visitado a Islândia em 1477.


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Quando é o dia de Leif Erikson?

Mesmo que tardiamente, as conquistas de Leif agora são reconhecidas nas terras que ele explorou há mais de 1.000 anos, com o Dia de Leif Erikson, celebrado em 9 de outubro — o mesmo dia em que ocorreu a primeira imigração organizada da Noruega para os EUA em 1825. Hoje, há mais de 4,5 milhões de pessoas de ascendência norueguesa vivendo só nos Estados Unidos; a saga continua.

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FONTE: History Extra

KINSELLA, Pat. Leif Erikson’s voyage to Vinland. History Extra. Londres, 13 de jan. de 2021. Disponível em: <https://www.historyextra.com/period/viking/who-was-leif-erikson-facts-life-viking-voyage-vinland/>. Acesso em: 13 de jan. de 2021. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)


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