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Como os vikings nos deram as tradições de Natal

Atualizado: 24 de jan. de 2023

Especialmente marcado em 25 de dezembro para comemorar o nascimento de Jesus Cristo, o Natal é uma data celebrada por bilhões de pessoas em todo o mundo. A festa é acompanhada por várias tradições que, sem o conhecimento de muitos, têm origens pagãs.


Como os vikings nos deram as tradições de Natal
Odin disfarçado de andarilho por Georg von Rosen (1843–1923)

Muito antes da chegada do cristianismo às regiões nórdicas, os vikings pagãos e outros povos germânicos antigos celebravam o solstício de inverno no mês de dezembro, a época do ano em que os dias são mais curtos e as noites mais longas. Amigos e parentes se reuniam para comer e beber em um festival conhecido como Yule.


Enquanto o cristianismo se espalhava pela Europa germânica séculos atrás, muitas tradições natalinas eram adotadas e absorvidas pela fé cristã, misturando-se para criar o Natal que celebramos hoje.



Aqui estão algumas das tradições de Natal mais comuns, as quais devemos agradecer aos vikings:


PAPAI NOEL

O Deus Odin é considerado "o Pai de todos os Deuses". Descrito como um velho barbudo de chapéu e capa, Odin costuma cavalgar em seu cavalo de oito patas, Sleipnir, pelos céus durante as noites do solstício de inverno, entregando presentes aos que estavam no solo. Soa familiar?


Embora possa ser argumentado que o nosso Papai Noel seja a fusão de antigos mitos, lendas e folclore, a semelhança e a conexão com o Deus nórdico é defendida por vários historiadores, ou seja, para eles, Odin é o Papai Noel original.


DUENDE DE NATAL

Mais uma vez, devemos agradecer à Mitologia Nórdica por outro de nossos conhecidos baluartes de Natal, o elfo. Referidos como álfar (de onde vem a palavra 'elfo') ou 'pessoas escondidas', esses seres sobrenaturais são frequentemente descritos como altos, pálidos, belos e detentores de poderes mágicos.


Então, como passamos do álfar para os elfos que imaginamos na oficina do Papai Noel? Mais uma vez, temos outro mito do folclore nórdico a agradecer, o do 'nisse'. A nisse é uma criatura mitológica associada ao solstício de inverno e ao Natal, mais bem descrita como um gnomo de jardim — baixinho e que usa um chapéu pontudo vermelho.


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Diz-se que as pequenas criaturas vivem nos estábulos e celeiros de uma herdade, guardando a propriedade e os que moram dentro dela. Trate-o bem e ele será útil para você, trate-o mal e esteja preparado para algumas travessuras em sua casa, talvez explicando o porquê dos duendes de Natal contemporâneos serem frequentemente representados como atrevidos.


ÁRVORES DE NATAL

Os nórdicos de outrora adoravam árvores, especialmente as perenifólias das florestas escandinavas, as quais acreditavam ser a planta especial de Balder, o Deus do Sol. Como permanecem verdes durante todo o inverno, as árvores passaram a representar a promessa de uma nova vida, um lembrete de que a primavera chegaria.


Na antiga tradição nórdico-germânica, as perenifólias eram frequentemente decoradas com pequenas esculturas dos deuses e comida, na esperança de encorajar os espíritos das árvores a voltarem para trazerem uma nova primavera.


GUIRLANDA

Embora os romanos originalmente criassem grinaldas para serem exibidas como um símbolo de vitória, elas se conectaram às nossas celebrações festivas por meio do Yule. As guirlandas eram criadas com uma planta perene, tal qual as perenifólias, e eram levadas para as residências das pessoas durante o Natal, a fim de lembrá-las dos dias mais quentes que viriam, um símbolo tranquilizador durante os longos e frios invernos do norte escandinavo.


Os próprios vikings incendiavam uma 'roda solar', que se assemelha fortemente às nossas guirlandas modernas. A roda em chamas era então rolada colina abaixo na esperança de atrair o sol.


VISCO

De acordo com a lenda nórdica, o filho de Odin, Balder, foi profetizado para morrer, então sua mãe Frigga visitou todas as entidades do cosmos para garantir que nenhuma delas machucasse seu filho. Ela deixou de consultar o visco por acreditar que era muito pequeno e inofensivo para ameaçar a vida de Balder. Loki ficou sabendo desse descuido e esculpiu uma flecha no visco. Mais tarde, Balder foi morto por sua única fraqueza, a flecha de visco criada por Loki.


Em uma versão da história, as lágrimas de tristeza de Frigga caíram sobre o visco vermelho, tornando-o branco, ressuscitando o seu filho. Então, o visco passou a representar a renovação, o amor e a paz com Frigga, protegendo assim qualquer um que passe por baixo dele.


12 DIAS DE NATAL

Antes das canções natalinas, como The Twelve Days Of Christmas (Os doze dias de Natal) — que retrata a entrega de uma perdiz em uma pereira (arvore de pera) —, os antigos nórdicos desfrutavam, por exatamente doze dias, de seu festival de inverno, o Yule. A partir do dia do solstício de inverno (o dia e a noite mais longos), os festejos prolongavam-se por 12 dias, dando origem aos 12 dias de Natal celebrados hoje.


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TENDER DE NATAL

É um prato que aparece na maioria das mesas de Natal em algum momento da festividade e, mais uma vez, devemos agradecer aos nórdicos pelo nosso tender de Natal.


O banquete desempenhou um papel central na maneira como os vikings e outros povos germânicos antigos honravam os deuses. Um desses rituais via o sacrifício de um Javali ao deus nórdico Freyr na esperança de uma colheita frutífera na próxima estação.


O javali seria a peça central da festa, muito parecido com o tender que adorna as nossas mesas modernas.


TRONCO DE YULE

Na tradição nórdica, um tronco era cuidadosamente selecionado para que em uma cerimônia fosse levado para dentro de casa e queimado em uma lareira (de tijolo ou revestida de pedra) durante o Yule. Parte dele seria salvo e mantido até o ano seguinte, não apenas para proteger a casa, mas também para servir de lenha para o Yule subsequente.


Yule Log de chocolate com groselhas

Embora a tradição continue até hoje em todo o mundo, ela também se transformou em comida, com muitas pessoas optando por decorar suas mesas de Natal com um Bolo de Natal, ou Log de Yule — um rocambole de chocolate, coberto por chocolate e groselhas.


FONTE: History UK

HOW the Vikings gave us Christmas. History UK. Londres, 10 de dez. de 2020. Disponível em: <https://www.history.co.uk/articles/how-the-vikings-gave-us-christmas>. Acesso em: 16 de dez. de 2020. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)


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