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A RELAÇÃO ENTRE OS MUÇULMANOS E OS VIKINGS POR MEIO DA DESCOBERTA DA PALAVRA "ALÁ"

Atualizado: 2 de set de 2021

Pesquisadores da Suécia encontraram escritas árabes nos trajes fúnebres de um de seus navios funerários vikings.


A relação entre os mulçumanos e os vikings por meio da descoberta da palavra "Ala".
Páginas dos relatos das viagens de Ibn Fadhlan e al-Idrisi de Rus/Vikings e de Oleg de Novgorod.

As descobertas levantaram novas questões sobre a influência do Islã na Escandinávia, revelou o jornalista Tharik Hussain.


Os itens, que foram negligenciados em depósitos por mais de 100 anos, são exemplos de roupas funerárias da Era Viking. Entretanto, uma pesquisa recente sobre as roupas encontradas em um cemitério pertencente aos Séculos IX e X, revelam o contato entre os vikings e o mundo muçulmano.


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As inscrições "Allah" e "Ali" foram encontradas bordadas em prata em um tecido de seda. As descobertas da escrita foram reveladas em um estudo conduzido pela arqueóloga têxtil Annika Larsson, da Universidade de Uppsala, ao examinar os trajes de homens e mulheres, além da câmara mortuária.


Os objetos foram recuperados de escavações das regiões de Birka e Gamla de Uppsala, Suécia, no final do Século XIX e meados do Século XX. Larsson foi atraída pelas peças ao perceber que elas vinham da Ásia Central, Pérsia e China.


Larsson disse que o minúsculo desenho geométrico, com não mais que 1,5 centímetro de altura, não era o mesmo que ele havia encontrado anteriormente na região escandinava.


"Não consegui perceber e depois lembrei-me de onde tinha visto um design semelhante, nomeadamente na Espanha, em têxteis árabes (mouros)."


Larsson percebeu que não era um desenho viking, mas uma antiga escrita árabe cúfica, duas palavras que se repetiam continuamente. Uma das identificadas, com a ajuda de um colega iraniano, foi a inscrição do nome "Ali" — o quarto califa da história na jornada do Islã.


A palavra ao lado de Ali foi mais difícil de interpretar. Para resolver os enigmas do quebra-cabeça, ela ampliou as letras e as estudou de vários pontos de vista, inclusive por trás.


"De repente, vi a palavra 'Alá' (Deus) escrita em letras reversas (como um reflexo de espelho)", disse ela.



Larsson encontrou até agora os nomes em pelo menos 10 das 100 peças que estudou, e as palavras sempre aparecem lado a lado. A nova descoberta levanta questões sobre quem eram os habitantes da tumba.


"A possibilidade de que algumas das pessoas enterradas fossem muçulmanas não foi totalmente descartada", disse ela.


"Sabemos de outras escavações de tumbas vikings cujas análises de DNA mostram que várias pessoas enterradas nelas são da Pérsia, onde o Islã era a religião dominante.



"No entanto, parece que as descobertas sugerem que os trajes fúnebres da Era Viking foram influenciados por ideias islâmicas, como a vida eterna após a morte".


A equipe de Larsson está atualmente trabalhando com o departamento de imunologia, genética e patologia para avaliar a origem regional das roupas que os corpos estavam vestindo.


A conexão entre os vikings e o mundo muçulmano é conhecida por meio de registros históricos e da descoberta de moedas originárias do mundo islâmico no hemisfério norte. Dois anos atrás, pesquisadores estudaram um anel de prata recuperado do enterro de uma mulher em Birka e encontraram a palavra "Alá" escrita nele.


Fonte das imagens, Gabriel Hildebrand/Museu De História Sueco.

Os resultados do estudo revelaram que a escrita usava a antiga cúfica árabe, que corresponde a um manuscrito desenvolvido na cidade de Kufa, no Iraque, durante o Século VII, um dos primeiros textos árabes usados para escrever o Alcorão.


O que torna a descoberta de Larsson tão interessante é que foi a primeira vez que um objeto histórico mencionando Ali foi encontrado na Escandinávia.


"O nome Ali é repetido inúmeras vezes ao lado de Alá", disse ela.


"Eu sei que Ali é respeitado pelos mulçumanos xiitas, e me pergunto se existe uma conexão."



Ali é primo e genro do Profeta Muhammad, e se casou com Fátima, a filha do Profeta Muhammad. Ele também se tornou o quarto líder da comunidade muçulmana após a morte de Muhammad.


Embora os sunitas e os xiitas reverenciem Ali como um amigo muito importante de Muhammad, ele tem status elevado entre os xiitas, que o consideram o herdeiro espiritual do Profeta.


"O uso da palavra Ali mostra uma conexão com os xiitas", disse Amir De Martino, líder do programa de estudos islâmicos do Islamic College de Londres.


"Sem a frase 'wali Allah', que significa 'amigo de Allah', acompanhando o nome, os artigos podem não vir da cultura xiita dominante e, certamente foram copiados erroneamente de algo existente", acrescentou De Martino, que também é o editor-chefe chefe da revista Islam Today, British Shia.


"O padrão mostra Ali sendo equiparado a Alá e, portanto, há poucas chances de ligações com os primeiros movimentos que acreditavam nisso.


"Parece ser um padrão copiado incorretamente".


Até recentemente, os nomes Allah e Ali eram frequentemente apresentados em padrões misteriosos nos túmulos e nos livros de seitas místicas xiitas como Alevis e Bektashis, mas sempre acompanhados pelo nome de Muhammad. Às vezes escrito em letras que lembram um reflexo de espelho. Contudo, ao contrário das descobertas de Larsson, esses exemplos geralmente incluem dois nomes descritos corretamente e apenas uma reflexão.


Para Larsson, suas descobertas prometem muito para o futuro.


"Agora que vejo os padrões vikings de forma diferente, tenho certeza de que encontrarei mais inscrições islâmicas nos fragmentos restantes desta escavação e em outros tecidos da Era Viking.


"Quem sabe, apareçam em artefatos não têxteis também?".


FONTE: Ihram

SUBARKAH, Muhammad. Hubungan Muslim dengan Viking Melalui Temuan kata 'Allah'. Ihram. Jacarta, 12 de fev. de 2021. Disponível em: <https://ihram.co.id/berita/qoe6la385/hubungan-muslim-dengan-viking-melalui-temuan-kata-allah>. Acesso em: 12 de fev. de 2021. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)


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