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Eis como eram os funerais vikings

Atualizado: 27 de mar. de 2023

Após um fúnebre ritual, os guerreiros estariam preparados para a vida após a morte.



A vida dos vikings era voltada principalmente para os mares, e após a morte dos guerreiros, não era muito diferente. Quando um combatente falecia fora das batalhas, o corpo era cremado em seu barco favorito, repleto de honrarias e dignificações. Até hoje, o maior relato histórico conhecido dessas práticas se encontra nos escritos de Ahmad Ibn Fadlan, embaixador abássida que viajou pela Bulgária, conhecendo os escandinavos viajantes.


Durante os rituais, a figura do escravo era de suma relevância. A morte do(s) servo(s) fazia parte da ligação entre o mundo dos vivos e a condição post-mortem, no mundo divino. Ou eles eram queimados junto à embarcação ou acabavam sendo enterrados vivos para servirem ao morto, dependendo de cada tipo de funeral.


A tradição mortuária dos grupos escandinavos tinha como elemento principal o navio de guerra. A passagem segura entre a vida e a morte era associada ao veículo, presente na maior parte da vida desses guerreiros, e essenciais para as honrarias funerárias serem completas. Em geral, os navios possuíam tamanhos proporcionais à riqueza do falecido, sem um padrão estabelecido.


O ritual durava sete dias, e era caracterizado por festas, bebidas, e a descrição das principais conquistas do morto através de outros guerreiros. Só após todo o processo, o corpo era arrumado com uma roupa feita para a ocasião e colocado no barco junto de suas armas. O guerreiro deveria estar equipado com o necessário para a nova vida, como armaduras, armas e objetos valioso.


Na visão religiosa escandinava, havia uma relevante distinção entre a morte comum e a morte em batalha, pois a última era considerada como uma passagem dos maiores guerreiros ao grande Salão de Valhalla de Odin ou a Folkvangr, dependendo da ação e decisão dos deuses.


Um elemento comum no imaginário popular sobre os vikings é a imagem do barco funerário sendo queimado enquanto é lançado ao mar. No entanto, não há provas arqueológicas que esses eventos realmente ocorressem na água: em geral, as embarcações eram queimadas em terra ou simplesmente enterradas. Afinal, o que era simbólico para as honrarias vikings não era a navegação, mas o próprio navio.


Os outros guerreiros também eram responsáveis por posicionar o barco de acordo com os compromissos do funeral e realizarem os procedimentos para a queima. Todo o processo durava de 40 minutos a uma hora.


FONTE: Aventuras na História

BAZI, Daniela. Como eram os funerais vikings? Aventuras na História. São Paulo, 25 de nov. de 2019. Disponível em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/como-eram-os-funerais-viking.phtml>. Acesso em: 29 de nov. de 2019.


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