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O PODER UNIVERSAL DAS LENDAS NÓRDICAS

Existem nove mundos na mitologia nórdica: Niflheim, Muspelheim, Asgard, Midgard, Jötunheim, Vanaheim, Alfheim, Svartalfheim e Helheim. Estes são encontrados nos galhos e raízes da árvore dos mundos chamada Yggdrasill. É permitido desenvolver esse simbolismo da árvore para definir a relação que a nossa cultura mantém, mas também a cultura pop contemporânea, com a mitologia nórdica, cada arte, BD, cinema, literatura, música, videogame, pode ser vista como um ramo irrigado pela seiva dessas lendas.



A árvore que os carrega tem suas raízes na terra (um elemento fundamental das lendas do norte) e seus galhos se entrelaçam para formar um todo com múltiplos significados. Essas lendas, de Odin, Thor, Siegfried ou Beowulf, têm, na cultura nórdica, a mesma importância que aquelas que fundaram a cultura grega e latina entre nós. Foi graças à expansão Viking na Grã-Bretanha, Irlanda ou Islândia que a mitologia nórdica também se tornou um dos pilares da nossa cultura, com seus contos cativantes inspirados pelas Eddas escandinavas.



Ao contrário da mitologia grega, a mitologia nórdica é baseada em uma cosmologia mais terrena e menos celeste. Assim, as histórias e lendas nórdicas dão lugar de destaque à força bruta de seus protagonistas, nunca se esquivando da violência desencadeada, mesmo que isso signifique às vezes se fazer de bobo (episódio do roubo do martelo de Thor).


Se as gerações mais jovens sobem os nomes de Loki, Thor ou Odin — que poderiam ser considerados o equivalente nórdico de Zeus — e sabem que o Ragnarök (o fim dos tempos na mitologia nórdica) não é um bom presságio, isso se deve em grande parte à Marvel. Ao integrar Thor, o "Hércules Viking", dentro de seu universo super-heroico, o famoso editor americano imediatamente o levou ao panteão dos maiores ícones da cultura pop, inseparável de seu famoso martelo Mjöllnir.


Riqueza de personagens

Carregando com ele um monte de mitos e lendas, o deus do trovão trouxe à luz um folclore estonteante e rico, composto de histórias e personagens, um mais incrível do que o outro; menos de gênero, às vezes muito mais Barroco do que seus colegas gregos. Uma fonte inesgotável de invenções, capaz de inspirar Richard Wagner e Leiji Matsumoto, o criador de Albator, a mitologia nórdica investiu uma seção inteira da cultura pop, da fantasia heroica à música e aos vídeo games.


Cada disciplina, cada mídia acomodou esses mitos à sua maneira, com sua genealogia, geografia e imagem, mas mantendo as mesmas questões fundamentais. Na primeira linha, a eterna luta do bem contra o mal, ilustrada pelas lutas implacáveis entre os deuses e os gigantes. Um antagonismo que pode ser encontrado em O Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien, bem como na série de televisão American Gods ou no videogame Final Fantasy VII.


Aventuras de caráter universal que nutrem imaginários tão diversos quanto variados, dos mais bombásticos aos mais íntimos, abrindo um campo incrível de deuses míticos, mas factíveis, além de gigantes cruéis e anões desagradáveis.


FONTE: Le Monde

FERRY, Ilan. La puissance universelle des légendes nordiques. 29 de jul. de 2020. Disponível em: <https://www.lemonde.fr/culture/article/2020/07/29/la-puissance-universelle-des-legendes-nordiques_6047576_3246.html>. Acesso em: 29 de jul. de 2020. (Livremente traduzido pela Livros Vikings).


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