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Os mosteiros anglo-saxões eram mais resistentes aos ataques vikings do que se pensava

Atualizado: 7 de fev. de 2023

Pesquisadores do Departamento de Arqueologia da Universidade de Reading encontraram novas evidências de que as comunidades monásticas anglo-saxônicas eram mais resistentes aos ataques vikings do que se acreditava.


Os mosteiros anglo-saxões eram mais resistentes aos ataques vikings do que se pensava
Invasão viking ao Mosteiro de Lindisfarne em 793 d.C.

Lyminge, um mosteiro de Kent, estava na linha de frente nos longos embates contra os vikings, que culminaram nas vitórias de Alfredo, o Grande. O mosteiro sofreu ataques repetidos, mas resistiu ao colapso por quase um século, por meio de estratégias defensivas eficazes, implementadas por governantes eclesiásticos e seculares de Kent, dizem os arqueólogos da Universidade de Reading.


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A nova evidência é apresentada após um exame detalhado de achados arqueológicos e históricos pelo Dr. Gabor Thomas, do Departamento de Arqueologia da Universidade de Reading, quem disse:


A imagem de invasores vikings cruéis massacrando monges e freiras indefesos é baseada em registros escritos, mas um reexame das evidências mostra que os monastérios tinham mais resiliência do que esperávamos.

Apesar de estar localizado na região de Kent, a qual suportou todo o peso dos ataques vikings do final do Século VIII e início do IX. A evidência sugere que a comunidade monástica de Lyminge não apenas sobreviveu aos ataques, mas se recuperou muito mais do que os historiadores pensavam, segundo o Dr. Thomas conclui na pesquisa publicada em 30 de janeiro de 2023 na revista Archaeologia.


Durante as escavações arqueológicas realizadas entre 2007-15 e 2019, os arqueólogos descobriram os principais elementos do mosteiro, incluindo a capela de pedra, cercada por uma ampla faixa de construções de madeira e outras estruturas onde os monásticos e seus dependentes viviam diariamente. A datação por radiocarbono de ossos de animais abatidos descartados como lixo indica que essa ocupação persistiu por quase dois séculos após o estabelecimento do mosteiro na segunda metade do Século VII.


Sítio arqueológico de Kent. — Imagem: Dr. Gabor Thomas
Sítio arqueológico de Kent. — Imagem: Dr. Gabor Thomas

Registros históricos mantidos na vizinha Catedral de Canterbury mostram que, após uma invasão em 804 d.C., a comunidade monástica de Lyminge recebeu asilo dentro da relativa segurança do refúgio murado de Canterbury, uma antiga cidade romana, capital administrativa e eclesiástica da anglo-saxã Kent.


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As evidências da escavação do Dr. Thomas mostram que os monges não apenas retornaram para restabelecer o seu assentamento em Lyminge, como continuaram vivendo e construindo por várias décadas ao longo do Século IX. Artefatos datáveis, como moedas de prata descobertas no local, forneceram ao Dr. Thomas uma visão sobre o restabelecimento da comunidade monástica, quem afirmou:


Esta pesquisa mostra uma imagem mais complexa da experiência dos mosteiros durante esses tempos difíceis, eles eram mais resistentes do que a imagem do 'pato sentado' retratada em relatos populares de ataques vikings com base em eventos históricos registrados, como o icônico ataque viking ao mosteiro da ilha de Lindisfarne em 793 d.C. [...] No entanto, a resiliência do mosteiro foi subsequentemente esticada além do ponto de ruptura [...] No final do Século IX, numa época em que o rei anglo-saxão Alfredo, o Grande, estava envolvido em um conflito de larga escala com os exércitos vikings, o local do mosteiro parece ter sido completamente abandonado [...] Isso provavelmente se deveu à pressão de longo prazo sustentada pelos exércitos vikings, conhecidos por terem atuado no sudeste de Kent nos anos 880 e 890 [...] A vida só foi finalmente restaurada em Lyminge durante o Século X, mas sob a autoridade dos arcebispos de Canterbury, que adquiriram as terras que pertenciam ao mosteiro.

O artigo é baseado nos resultados de mais de uma década de pesquisa arqueológica em Lyminge, dirigida pelo Dr. Thomas. A vila foi fundada pelos anglo-saxões no Século V.


FONTE: Arkeonews

ALTUNTAŞ, Leman. Anglo-Saxon monasteries were more resilient to Viking attacks than thought. Arkeonews. Istanbul, 31 de jan. de 2023. Disponível em: <https://arkeonews.net/anglo-saxon-monasteries-were-more-resilient-to-viking-attacks-than-thought/>. Acesso em: 07 de fev. de 2023. (Livremente traduzido e adaptado pela Livros Vikings)


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